quinta-feira, 26 de novembro de 2009

marchas


Marcha é uma poesia de Cecilia Mereles,que o cantor Fagner regravou em letra de musica que foi também um dos melhores sucesso.


''Quando penso no teu rosto, fecho os olhos de saudade

Tenho visto muita coisa, menos a felicidade

Soltam-se meus dedos tristes

dos sonhos claros que invento

Nem aquilo que imagino

já me dá contentamento

Gosto da minha palavra pelo sabor que me deste

Mesmo quando é linda, amarga

Como qualquer fruto agreste.

Mesmo assim amarga, é tudo que tenho

entre o sol e o vento.

Meu vestido, minha música,

meu sonho, meu alimento.''

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CANTEIROS

Canteiros (Música do Fagner baseada na obra de Cecília Meireles)

Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.
Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

CECÍLIA MEIRELES



"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

POESIAS DE CECÍLIA MEIRELES


A Folha na Festa
Cecília Meireles

Esta flor
Não é da floresta.
Esta flor é da festa
Esta é a flor da giesta.
É a festa da flor
E a flor está na festa.
(E esta folha?
Que folha é esta)
Esta folha não é da giesta.
Não é folha de flor.
Mas está na festa.
Na festa da flor
Na flor da giesta.

(Do livro "Ou Isto ou Aquilo")

RELAÇÃO DE SUAS OBRAS




Espectro - 1919
*

Criança, meu amor - 1923
*

Nunca mais... - 1923
*

Poema dos Poemas -1923
*

Baladas para El-Rei - 1925
*

O Espírito Vitorioso - 1935
*

Viagem - 1939
*

Vaga Música - 1942
*

Poetas Novos de Portugal - 1944
*

Mar Absoluto - 1945
*

Rute e Alberto - 1945
*

Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948
*

Retrato Natural - 1949
*

Amor em Leonoreta - 1952
*

12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
*

Romanceiro da Inconfidência -1953
*

Poemas Escritos na Índia - 1953
*

Batuque - 1953
*

Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955
*

Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955
*

Panorama Folclórico de Açores -1955
*

Canções - 1956
*

Giroflê, Giroflá - 1956
*

Romance de Santa Cecília - 1957
*

A Rosa - 1957
*

Obra Poética -1958
*

Metal Rosicler -1960
*

Solombra -1963
*

Ou Isto ou Aquilo -1964
*

Escolha o Seu Sonho - 1964

VIDA DE CECÍLIA MEIRELES





Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.

Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.

Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista.

No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.

Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia).

O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.

No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.